...um sentido, uma explicação, uma justificação que seja. para tudo. ou para nada. nem eu sei bem porquê, nem de onde veio esta absurda necessidade de concretizar o abstracto, de explicar o que não precisa de explicação, de explorar vazios e dissecar vontades. de desmembrar medos e tentar descortinar mapas de emoções. porquê?
se há no meu sorriso uma inclinação natural para o desigual, o imperfeito, o inesperado.
se o surpreendente me rejuvenesce, se o ilógico me atrai, se o pouco convencional me abraça e me dá tanto prazer...porquê contrariar uma natureza que só o é quando está verdadeira e intrínsecamente livre, quando não há atrito que a trave no seu voo (ou talvez embalo, não sei) sem rota, sem traço, sem torre que o controle? ou não é a própria torre que acompanha o voo, que se desprende e se deixa levar por mares de sóis e de risos e de tanta vida que, por parecer não ter nenhum sentido, o tem afinal, todo...