sexta-feira, fevereiro 25, 2005

procuro...


...um sentido, uma explicação, uma justificação que seja. para tudo. ou para nada. nem eu sei bem porquê, nem de onde veio esta absurda necessidade de concretizar o abstracto, de explicar o que não precisa de explicação, de explorar vazios e dissecar vontades. de desmembrar medos e tentar descortinar mapas de emoções. porquê?

se há no meu sorriso uma inclinação natural para o desigual, o imperfeito, o inesperado.

se o surpreendente me rejuvenesce, se o ilógico me atrai, se o pouco convencional me abraça e me dá tanto prazer...porquê contrariar uma natureza que só o é quando está verdadeira e intrínsecamente livre, quando não há atrito que a trave no seu voo (ou talvez embalo, não sei) sem rota, sem traço, sem torre que o controle? ou não é a própria torre que acompanha o voo, que se desprende e se deixa levar por mares de sóis e de risos e de tanta vida que, por parecer não ter nenhum sentido, o tem afinal, todo...