sábado, novembro 12, 2005
pergunto-me:
se sabem mesmo do que falam, se têm a certeza de que vão viver assim ad eternum, se não pensam nem por um microsegundo na necessidade que têm de uma mudança - de uma evolução. há nos discursos cheios de certezas uma insegurança mal mascarada que me deixa sempre desconfiada das verdadeiras intenções do interlocutor: uma ideia tem todo o direito a ser defendida com a maior das convicções, mas deixe-se sempre um espaço aberto, uma margem de manobra que convide a contestações. não se tiranizem as ideias. não se ridicularizem as pobres, presas em palavras vãs e repetitivas, nas bocas de quem nunca se questiona.