quinta-feira, abril 14, 2005

no decurso de conversas de café

a mim apetece-me dizer que sim. e que não, e que talvez, e que nunca se sabe, logo se vê, por mim tudo bem. porque esta história das pessoas é um desnorteio. raio de acaso cósmico (como eu gosto desta expressão!) que nos faz assim. assim ou assado ou como for, que eu hoje não estou para grandes pretensões literárias e as expressões gastronómicas servem muito bem para o caso. vernacular, é como eu estou. mas disfarço. pois claro. é como a outra mais as suas fúrias injustificadas. deixa lá. se calhar está felicíssima e isso é o que acaba por interessar. também já nem tenho paciência para grandes juízos de valor e desde que ninguém me chateie são todos livres de fazerem o que bem entendam. é o livre-arbítrio, ou o que lhe quiserem chamar. e se bater com a cabeça na parede é azar. eu já parti um vaso com a minha e, tirando a cicatriz, não me fez mal nenhum. e tu e eu e todos nós o melhor que temos a fazer é exactamente isso: o que nos apetece. a mim apetece-me dizer que sim. e que não. e descobrir o que há entre o nunca se sabe e o logo se vê.