domingo, março 27, 2005

a mão

suspira e segue o seu caminho sem saber
o que procura
nem o que vai encontrar

segue e revela-se e atropela-se na sua insensatez, e em cada
instante em que inspira -e suspira- perde-se
numa calma inconsequente que a faz

delirar em sombras de um qualquer sonho
difuso e incoerente que se perde em
cinzentos de chuva que abraçam os sentidos

e os fazem explodir em estilhaços de cores mil que não se
distinguem de tanto que se envolvem
até se dissolverem e se perderem

num qualquer adeus.