segunda-feira, março 21, 2005

encadeamento

(resumido)

não posso deixar de me sentir embrulhada numa melancolia que nem é doce nem amarga, que não é nada...

encontros e desencontros de nadas que vão atropelando outros nadas e os desequilibram como se o equilíbrio deles não fosse tão frágil como todos os outros. faíscas de luas que assombram as rotinas e os egoísmos e se traduzem em palavras que cada vez vão tendo menos sentido. ou se calhar não, mas isso depende de tudo e dos nadas e da coerência que se desintegra em velocidades cósmicas. como se a escuridão e a calma não fossem susceptíveis de qualquer perturbação, mas são. é tudo uma questão de sobrevivência, a análise que se vai a custo tentando fazer, ignorando os evidentes e os presentes e ansiando por passados e futuros que se confundem em melodias que se ouve pela primeira vez como se fosse a quinquagésima... são tudo clichés, todas as realidades que se sabe que existem mas que se espera que nunca se atravessem no caminho da estabilidade e que se constroem e se entranham sem sequer se manifestarem. todos os erros que se fazem e se deseja que não se repitam, mas o destino ou o raio que o parta parece que não respeita vontade nenhuma e há pessoas que têm uma sina. isso sei eu de certeza, apesar de secretamente querer que não seja assim e tentar acreditar que tudo é possível e que há sempre hipótese de subir

mais alto.