acomodo-me, recosto-me na chaise-longue da minha imensa lassidão e demoro-me a ver o tempo a passar...a ver os que andam depressa, os que se esquecem de parar, os que se disfarçam em conversas rodopiantes, os que nem sequer passam.
observo e perco-me, afasto-me de onde estou e demoro-me mais uma vez...mas agora é em todo o lado e em sítio nenhum, nos confins do meu pensamento, da minha memória. e fico a revolver tudo o que encontro e sonho, imagino, perco-me tanto...
sombras imaginárias olhares do passado conversas desinteressantes.
e deixa andar e logo se vê e amanhã é outro dia e há-de sempre haver
uma próxima vez.