vai faltando, devagarinho e com aquela dormência característica dos hábitos ja impregnados nas vivências. vai fugindo aos poucos, assustada por corriqueiros bric-à-bracs de gente e de feitios, desmoralizada como é a natureza humana actual, desprovida de longevidade e assassina de ímpetos. não quebres a corrente, não te insurjas, mascara-te apenas de hipócrita para que pareças diferente - mantém-te sempre igual, inabalável. destrói-me a pouca paciência que me resta com fábulas decoradas dos cinismos actuais, ofende-me com a inércia e a falta de carácter que são a nossa doença favorita. limita-me com falsos propósitos de evolução e de grandeza e mina-me o subconsciente de paranóias que são manifestações da subserviência à tua condição eterna e destrutiva.
é falta de paciência, é o que é.