quarta-feira, abril 06, 2005

do amor fraternal

há sentimentos que não são passíveis de descrição, são impossíveis de fechar em qulquer linha, de traduzir em qualquer palavra de qualquer língua. são emoção pura e inexplicável, daquelas que só o sangue pode fazer sentir, o sangue ou o amor incondicional ou qualquer outra lógica dizimada que se transforme em imensa espiral de grandiosidade incontida – de amor e é mesmo disso que se trata.

(criatura maquiavélica de infímas proporções e caninos desmesurados, carinha inocente e mente distorcida – viu-se no que deram aquelas infindáveis historietas do rapaz e o rapaz e o rapaz...e as môas, coitadas.)

há convivências que são inevitáveis, eu diria até forçadas num sentido pacífico mas conformado, e ainda bem que assim o são. porque quer sejam acasos, sortes ou estrelas de qualquer espécie, a verdade é que é mesmo muito bom quando as circunstâncias se tornam realidades indispensáveis – e qualquer ideia de “fim” se torna, em si própria, incongruente e impensável.

(de cozinhados e cogumelos, da timidez e de outras histórias, tantas noites e tantos dias em que a conversa nos nutre, como se precisássemos de impulso!; de “reuniões” furtivas, da partilha e do verdadeiro significado do que somos “nós”)

há pessoas que são impressionantes, por tanto que significam mesmo que nem sempre se apercebam. donas da humildade que lhes permite fazerem o que quiserem e transformarem as lágrimas em pingas de açucar deslumbrado enquanto despertam sorrisos que antes de mais aquecem sem esmorecer. e nos fazem querer para sempre ser parte de toda a História.

(a nossa. eterna.)