sábado, outubro 15, 2005

maria

só bastava um olhar prolongado para saber exactamente como era, como seria, como fora. naquele intervalo de tempo em que deixava o seu olhar discreto perder-se num qualquer detalhe. um sorriso, um gesto, um centímetro de pele. um catalisador de emoções, de experiências químicas e de outras magias sublimes e demasiado ignoradas pelas pessoas em geral, para seu próprio descontentamento. sentia-se feliz, genuína e selvaticamente feliz, sempre que encontrava um outro olhar como o seu. um olhar que lhe dissesse que tinha razão.